APÓS EVENTO, RESTA SABER PORQUE OS JAUENSES FICARAM DE FORA E QUANTO O MUNICÍPIIO GASTOU
O empate em 0 a 0 com o Mixto-MT no Jauzão, na tarde da 5ª feira (6), e a derrota por 1 a 0 para o Castanhal-PA na estreia, deixaram o XV de Jaú numa verdadeira sinuca-de-bico na Copa SP de Futebol Jr. A remota chance de se classificar à próxima fase da Copinha passa agora por vitória contra o forte Grêmio-RS, no domingo (9), e pela torcida para o Mixto bater o Castanhal – tudo vai depender da combinação dos resultados. Como se vê, as chances são mínimas.
Porém, pior do que sair precocemente da Copinha – e até de ouvir do parceiro do XV na gestão do futebol, o empresário Juan Isaza, da Head Soccer Brasil, que “parece ter um sapo enterrado” no campo – é não ver nenhum atleta de Jaú no time. Dos 30 inscritos, um é de Igaraçu do Tietê, outro de Bauru, um de São Manuel, outro de Salvador-BA, 25 de SP e Guarulhos e, da cidade mesmo, apenas o meio-campista Lucas Vinícius Soares. Entretanto, o filho da ex-vereadora Vivian Soares não esteve entre os relacionados para os dois primeiros jogos e, portanto, não pisou no gramado.
A situação surpreende ainda mais quando se volta a 6/12 do ano passado, data em que 10 dos 17 vereadores aprovaram projeto do prefeito Ivan Cassaro, em regime de urgência, autorizando gastos para o município ser uma das sedes da Copinha. Houve polêmica na ocasião, porque o projeto não informava a data do evento (se 2022, 23, 24…) nem qualquer previsão de gasto com alimentação, alojamento, transporte etc. para os clubes que viessem para a cidade. O custo exato do evento, sem nenhum garoto de Jaú na competição, será conhecido somente no final de tudo – mesmo sem o XV, a competição continuará sediada na cidade. Apenas Tito Coló, Rodrigo de Paula, Marcos Brasil, Fábio Souza, Luizinho, Mateus Turini e Borgo votaram contra essas incertezas.
Ouvido pelo HORAH, o repórter esportivo Rogério Barrichelli confirmou que o Galinho “não tem atleta de Jaú”, mas que “se tiver meninos da cidade com qualidade, com certeza serão utilizados” no futuro. Ele acredita em uma reformulação no XV pela parceria com a Head Soccer, iniciada em abril de 2019. Por outro lado, o volante Evanderson Victor, morador de Jaú e dispensado do clube há pouco mais de uma semana, escreveu em uma conversa de WhatsApp: “Lá dentro tem muita coisa errada (…) e ainda por cima não estão nem aí com os mlk (moleques) aqui da cidade”. Será que o dinheiro dos jauenses foi usado só pra bancar festa para quem veio de fora?
HORAH – A verdade dos fatos
