SINDICATO PEDE 18% DE REPOSIÇÃO PARA SERVIDORES A PARTIR DE 1º DE JANEIRO

Edenilson de Almeida, presidente do sindicato dos funcionários municipais, quer saber quando prefeitura de Jaú vai enviar projeto de lei à câmara para efetivar pagamentos (FOTO: HoraH/Reprodução)

“QUEREMOS O MESMO QUE FOI FEITO PARA O SECRETARIADO”, JUSTIFICA EDENILSON DE ALMEIDA

 

Protocolo feito dia 8 de outubro na prefeitura de Jaú pede reposição inflacionária de 18% para os funcionários públicos. “Queremos que seja votado e aprovado agora pela Câmara para vigorar a partir de 1º de janeiro do ano que vem, do mesmo jeito que foi feito para os secretários municipais, que tiveram mais de 54% de reajuste”, justificou Edenilson de Almeida, presidente do sindicato da categoria, o Sinfunpaem.

Na tarde desta 5ª feira (4) ele esteve com o secretário de Governo Paulo Ivo para discutir a reivindicação. “Ele disse que o protocolo virou um processo interno na prefeitura, vai passar pelo RH, para avaliar o impacto desse percentual (sobre a folha de pagamento), e a secretaria de Finanças, para ver o que pode ser feito em favor dos servidores”, comentou Edenilson. “Aguardamos pela próxima reunião ou por uma resposta por escrito”.

Paulo Ivo se reuniu com presidente do sindicato nesta 5.a feira (FOTO: Reprodução)
Em 2017, servidores fizeram greve por quase 15 dias: o que vai acontecer agora? (FOTO: Reprodução web)

A categoria está com salários e adicionais congelados há 18 meses por causa de lei federal que vai vigorar até 31 de dezembro. “Anexamos ao nosso requerimento casos de algumas cidades que já aprovaram aumentos para entrar em vigor dia 1º de janeiro de 2022, como Praia Grande, que concedeu 10%”, contou o sindicalista. Ele quer aprovar uma reposição já para evitar situação como a de 2017, quando os funcionários públicos fizeram greve por quase 15 dias.

Outras situações favorecem a reivindicação dos servidores, segundo Edenilson. Ele citou o gasto com a folha em setembro, que no Portal de Transparência da prefeitura estava em torno dos 37% (o limite prudencial é de 51%), e o excesso de arrecadação que estaria na casa dos R$ 30 milhões neste ano, fora a economia proporcionada por medidas de gestão. “Hoje o menor salário na prefeitura é de R$ 1.126,00, que em dezembro provavelmente será ultrapassado pelo mínimo. Como tem dinheiro em caixa, esperamos que o prefeito olhe de forma mais adequada para o servidor e repasse um reajuste bom, como fez para o secretariado”, finalizou Edenilson.

Recentemente, a Câmara de Jaú aprovou projeto do prefeito Ivan Cassaro que concedeu reajuste de 54,3% sobre os salários dos secretários municipais. Apesar de aprovado agora, o benefício vai vigorar a partir de janeiro. Os salários vão saltar de R$ 6,1 mil brutos para R$ 9,4 mil. Durante a discussão do reajuste, criticado pela população em geral, vereadores da base aliada garantiram cobrar do prefeito melhoria salarial para o funcionalismo em 2022, sem falar em percentual ou prazos.

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