Discursos de ódio, fogo em quintal de parente de candidato a vereador da oposição e, agora, pesquisa eleitoral colocada sob suspeita. A reta final da campanha política em Gália, região de Marília, ganha contornos preocupantes e vai parar na Justiça Eleitoral.
Embora registrada no TSE sob nº SPO-03078/2024, pesquisa de intenção de votos para prefeito realizada pela empresa jornalística Prates & Cia Ltda., de Duartina, foi classificada como “tendenciosa e com objetivo de desinformar e confundir a população”, segundo avaliação do candidato a prefeito, advogado Dr. Giovani.
Uma petição já foi protocolada na Justiça Eleitoral da Comarca de Garça pedindo “acesso irrestrito” à metodologia e conteúdo da pesquisa, visto que alguns detalhes colocam o resultado sob suspeita. Primeiro, que a empresa responsável pela pesquisa é a mesma contratada com dispensa de licitação pela Prefeitura de Gália para publicações oficiais em jornais impresso e digital, a valores sempre superiores a R$ 17 mil — naverdade, R$ 17,6 mil em 2022, R$ 17,7 mil em 2023 e R$ 26 mil em 2024.
Segundo, que a profissional em estatística que assina a pesquisa, Carolina Furlanetto de Melo, tem decisões recentes da Justiça Eleitoral que suspenderam a divulgação de trabalhos semelhantes em Pedregulho e Barretos, por exemplo, por não atenderem os requisitos legais. E, por fim, porque o candidato que aparece na liderança da pesquisa de Gália, Júnior Zaniboni, teria postado nas redes sociais a seguinte informação: “Ganhei a pesquisa de um grande amigo”.
De acordo com Dr. Giovani, “esse grande amigo é o dono do jornal contratado pela Prefeitura”. Segundo se comenta nos bastidores políticos de Gália, apesar de não concorrer nessas eleições, o prefeito Renato Gonçalves teria lançado dois candidatos para não correr risco de perder o controle político da cidade: a comerciante Ana Bortoletto e Júnior Zaniboni.
“Isso é parte da podridão da velha política e do alinhamento entre os candidatos que têm o mesmo objetivo: se protegerem para não deixar o poder, enquanto a cidade está mergulhada na miséria e a população cada vez mais dependente da máquina pública”, concluiu Dr. Giovani.
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