SERVIDORES DEVEM SER MANDADOS À CORREGEDORIA MUNICIPAL; INCITAÇÃO DE VEREADORES TAMBÉM SERÁ AVALIADA
Presidente da Câmara Municipal de Marília, Marcos Rezende disse que vai “analisar, com calma e responsabilidade, todas as fotos, vídeos e manifestações” durante a turbulenta sessão dessa 4ª feira (3), para decidir providências. “Pretendemos identificar os responsáveis pela baderna e solicitar abertura de inquérito policial por dano ao patrimônio público”, acrescentou, visto ter havido prejuízo a equipamentos e instalações do Legislativo, bem como “agressões verbais e até tentativas de agressões físicas”.
Rezende também pretende avaliar “o comportamento de alguns vereadores que, à primeira vista, contribuíram para insuflar as pessoas” que estavam na Câmara, acompanhando a votação do projeto de lei complementar 22/2021, da prefeitura, que reestrutura o regime próprio de previdência social dos servidores (RPPS), o IPREMM e toma outras providências. “Se entre os baderneiros forem identificados servidores, eles serão levados à Corregedoria-Geral do Município; no caso dos vereadores, vamos estudar o que fazer”, concluiu.
O polêmico projeto, que tinha parecer contrário do sindicato da categoria, o Sindimmar, e emendas da oposição rejeitadas em plenário, acabou aprovado contra 4 votos: de Eduardo Nascimento, Danilo da Saúde, Agente Federal Jr Féfin e Ivan Negão. Na manhã desta 5ª feira (4), Rezende assinou a papelada e fez o encaminhamento do projeto ao Gabinete para ser sancionado e publicado no Diário Oficial, o que deve acontecer amanhã.
No auge da confusão, servidores desceram das galerias e tomaram o plenário, sendo contidos por forte aparato policial. Houve gritaria, apitaço, cartazes de protesto rasgados e atirados contra os vereadores, que também foram alvo do disparo de ovos. Apesar do pedido de alguns vereadores para encerrar a sessão, Rezende aguardou e encaminhou a votação do projeto. O ponto principal da polêmica foi a elevação da alíquota de contribuição dos servidores para o regime próprio de previdência para 14%, saída encontrada pela administração para manter o IPREMM; a patronal (prefeitura, DAEM e autarquias) foi para 16%.
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